terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Ano letivo é adiado por conta da ineficiência do Sigeduc

O governo prorrogou para o dia 28 de janeiro o início do ano letivo de 2014 na rede estadual. A justificativa utilizada são as inúmeras falhas do Sigeduc, sistema adotado pela SEEC para fazer as matrículas, que tem dificultado o processo, provocado confusão, filas e muito transtorno.
Desde a adoção desse sistema o SINTE/RN alertou que o governo estava insistindo em investir em ferramentas sem resultados.
Para a coordenadora geral Fátima Cardoso, tirar a autonomia de cada escola gerenciar as matrículas de seus alunos foi determinante para essa confusão que está acontecendo. “O sistema que deveria otimizar as matrículas tem provocado o caos. É inadmissível que o governo gaste dinheiro do povo em coisas que mais atrapalham do que ajudam a população.Enquanto há carências em tantos outros aspectos a SEEC prefere gastar com uma coisa dessas”, criticou.
Nos últimos dias a imprensa tem noticiado os transtornos causados pelo Sigeduc. Muitas filas e espera. Pais e alunos estão preocupados com a demora e com a desinformação. Há relatos de que faltam vagas nas escolas próximas de casa e os diretores estão com dificuldades para remanejar alunos para outras instituições. Muitos reclamam que não houve preparação nem planejamento.

terça-feira, 2 de julho de 2013

MPE recomenda volta de professores cedidos ao Sinte

O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte (MPE) recomendou que a titular da secretaria de Estado da Educação e da Cultura (SEEC), Betânia Ramalho, convoque, imediatamente, 32 servidores e professores – de um total de 35 – atualmente afastados para o exercício de funções junto ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (Sinte/RN). O MPE quer que estes servidores reassumam as funções junto à secretaria. A recomendação assinada pelo promotor Paulo Batista Lopes Neto define ainda que apenas três funcionários podem continuar afastados da SEEC para exercer funções no sindicato.
A recomendação do MPE tem como base jurídica, entre outros, o artigo 101, parágrafos 1º e 2º, da Lei Complementar Estadual número 122/94. De acordo com o ordenamento jurídico, “somente podem ser licenciados os servidores eleitos para cargos de direção ou representação nas referidas entidades, até o máximo de três por entidade”. Além disso, diz a lei que “a licença tem duração igual a do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de reeleição, e por uma única vez”.
De acordo com a secretária Betânia Ramalho, existem hoje 35 servidores da SEEC afastados de suas funções habituais para dedicação exclusiva ao sindicato. Alguns deles por tempo superior a dois mandatos. “O sindicato solicitou a cessão de 36 servidores. Estávamos acompanhando esse processo até que o MPE resolveu expedir essa recomendação. Considerado que é uma decisão acertada, pois o sindicato tem, por mês, um orçamento de R$ 400 mil onde é possível promover uma articulação sem a necessidade de tantos funcionários”, disse.
Para o MPE, o afastamento de 35 servidores, além de afrontar diretamente as disposições da Lei Complementar Estadual 122/94, “deixa lacunas nas escolas, salas de aula e outros setores administrativos da SEEC, comprometendo a eficiência e a regularidade do serviço público de educação, que sofre, há bastante tempo, com a falta de servidores e professores”, escreve o promotor Paulo Batista.
O promotor fixou um prazo de 15 dias para que a secretária comprove ao MPE as medidas adotadas em cumprimento à recomendação. O prazo está correndo desde o último dia 25. Em caso de não acatamento da recomendação, o MPE informa que adotará “as medidas legais necessárias a fim de assegurar a sua implementação, inclusive através do ajuizamento das ações judiciais cabíveis”.
Segundo a secretária, a recomendação será cumprida no prazo hábil. “Sou favorável à recomendação do Ministério Público e vou cumpri-lá como está colocada”, informou Betânia Ramalho.
A reportagem tentou, por várias vezes, contato com a presidente do Sinte-RN, Fátima Cardoso, porém, o celular da mesma estava fora de área ou desligado durante todo o dia de ontem. Um assessor de imprensa do sindicato informou que Fátima estava viajando e só poderia nos atender hoje pela manhã. Segundo o assessor, nenhum outro diretor do sindicato estaria apto a falar com a reportagem.

A titular da SEEC estava em Brasília e, por telefone, disse que já enviou um comunicado ao sindicato. Ramalho informou também que está preparando um novo censo na secretaria. “Desde que assumi o cargo, implantei uma gestão diferenciada para conseguir melhores resultados”, ressaltou.
Fonte: Jornal Tribuna do Norte

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Governo do Estado paga primeira parcela do 13º no dia 29 de junho



O Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio da secretaria de Planejamento e Finanças, informa que todos os servidores estaduais terão a primeira parcela(40%) do 13º salário creditada em suas contas no próximo sábado, dia 29 de junho. Já os vencimentos relativos ao mês de junho serão pagos nos dias 27 e 28 do corrente mês. Amanhã recebem os servidores com matrículas de 0 a 5. Na sexta recebem os servidores com matrículas de 6 a 9. A folha de pagamento do mês de junho, que consta de 101 mil 278 servidores, entre ativos, inativos e pensionistas, ultrapassa o valor de R$ 272 milhões, que somados aos R$ 121 milhões da parcela de 40% do 13º salário, representam um montante total de R$393,5 milhões injetados na economia do Rio Grande do Norte
Fonte: Assecom/ RN

quarta-feira, 22 de maio de 2013

CEJA - CAMPEÃO

O CEJA é o atual campeão de FUTSAL feminino do Pré-Jern's 2013, com uma vitória de 2 x 0 sobre a EEAA.
O jogo foi na última sexta-feira 17-05-2013, no Ginásio do CDS.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Hoje é o Dia da Abolição da Escravatura

A lei assinada pela princesa Isabel não modificou a condição de vida dos negros libertos.
A partir da segunda metade do século XIX, vários intelectuais, escritores, jornalistas e políticos discutiam a relação existente entre a utilização da mão de obra escrava e a questão do desenvolvimento nacional. Enquanto as nações europeias se industrializavam e buscavam formas de ampliar a exploração da mão de obra assalariada, o Brasil se afastava desses modelos de civilidade ao preservar a escravidão como prática rotineira.
De fato, mais do que uma questão moral, a escravidão já apresentava vários sinais de decadência nessa época. A proibição do tráfico encareceu o valor de obtenção de uma peça e a utilização da força de trabalho dos imigrantes europeus já começava a ganhar espaço. Com isso, podemos ver que a necessidade de se abandonar o escravismo representava uma ação indispensável para que o Brasil viesse a se integrar ao processo de expansão do capitalismo.
A Inglaterra, mais importante nação industrial dessa época, realizava enormes pressões para que o governo imperial acabasse com a escravidão. Por de trás de um discurso humanista, os britânicos tinham interesse real em promover a expansão do mercado consumidor brasileiro por meio da formação de uma massa de trabalhadores assalariados. Paralelamente, os centros urbanos brasileiros já percebiam que o custo do trabalhador livre era inferior ao do escravo.
Respondendo a esse conjunto de fatores, o governo brasileiro aprova a Lei Eusébio de Queiroz, que, em 1850, estipulou a proibição do tráfico negreiro. Décadas mais tarde, a Lei do Ventre Livre (1871) previa a liberdade para todos os filhos de escravos. Esses primeiros passos rumo à abolição incitaram a criação da Sociedade Brasileira contra a Escravidão e, três anos mais tarde, no estabelecimento da Confederação Abolicionista, em 1883.
Apesar de toda essa efervescência abolicionista manifestada em artigos de jornal, conferências e na organização de fugas, vários membros da elite rural se opunham a tal projeto. Buscando conter a agitação dos abolicionistas, o Império Brasileiro aprovou a Lei Saraiva-Cotegipe ou Lei dos Sexagenários, que previu, no ano de 1885, a libertação de todos os escravos com mais de 65 anos de idade. Na prática, a lei atingia uma ínfima parcela de escravos que detinham um baixo potencial produtivo.
Dando continuidade à agitação abolicionista, vemos que o ano de 1887 foi marcado pela recusa do Exército brasileiro em perseguir escravos e a clara manifestação da Igreja Católica contra tal prática. No ano seguinte, assumindo o trono provisoriamente no lugar do pai, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, no dia 13 de maio. Possuindo apenas dois artigos, a lei previu a libertação dos escravos em território brasileiro e a revogação de qualquer lei que fosse contrária a essa medida.
Apesar de estabelecer um marco no fim da escravidão, a Lei Áurea não promoveu transformações radicais nos cerca de 750 mil escravos libertos em território brasileiro. Sem nenhum amparo governamental, os alforriados se dirigiram para as grandes cidades ou se mantiveram empregados nas suas propriedades de origem. De fato, ao invés de promover a integração do negro à sociedade, a libertação foi seguida pelo aprofundamento da marginalização das camadas populares no Brasil.

Por Rainer Sousa
Graduado em História